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Num jogo marcado por muitas ausências, Fernando Santos foi obrigado a mexer na equipa. Privado de alguns dos habituais titulares, como William, Pepe, João Mário, Nelson Semedo ou João Félix, o selecionador optou por dar a titularidade a Ricardo Pereira, no lado direito da defesa. Na outra ponta da defesa, Mário Rui sentou Raphael Guerreiro.
Já no meio-campo, Rúben Neves era o elemento mais recuado, apoiando os dois médios mais criativos - Pizzi e Bruno Fernandes.
Ouça o relato dos seis golos da Seleção. Relato de António Botelho
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Mais à frente, uma grande novidade no ataque - pela primeira vez, Gonçalo Paciência foi titular na Seleção, jogando ao lado de Bernardo Silva e Ronaldo.
Portugal sabia da responsabilidade que tinha em "mãos" e começou o encontro a pressionar. E Cristiano Ronaldo, sem nenhum problema físico, esteve muito perto de abrir o marcador logo aos dois minutos. Bernardo trocou as voltas, do lado direito, à defensiva da equipa da Lituânia. Cristiano cabeceou por cima, na pequena área.
Mas o golo chegou. O ataque estava dinâmico e Ronaldo foi carregado na área. O árbitro apontou para a marca de grande penalidade. Na conversão, Ronaldo encheu o peito e inaugurou o marcador, para delírio do público, que se deslocou ao Estádio do Algarve.

A Seleção nacional não deixava o adversário respirar. A Lituânia não conseguia sair do seu meio campo, face à intensa pressão dos homens de Fernando Santos, que se fartaram de criar oportunidades.
Gonçalo Paciência teve duas oportunidades para ampliar a vantagem, mas foi Ronaldo que levantou o estádio, para o segundo da noite. Bola recuperada a meio campo e Ronaldo, de primeira, fez um remate em arco para o fundo da baliza do guardião Setkus. Mais um golaço para a conta pessoal do capitão português.
Logo a seguir, Ricardo Pereira caiu na área e o árbitro voltou a apontar para a marca de grande penalidade. No entanto, o juiz francês Ruddy Buquet recuou na decisão. O jogo tinha sentido único e havia um jogador que sobressaia, além de CR7 - Berardo Silva espalhava toda a sua qualidade pelo relvado.
Na segunda parte, Portugal continuou o seu jogo, não deixando a Lituânia sair para o ataque, respirar. Berardo desiquilibrava e viu Pizzi a fazer um remate e aumentar a vantagem. O médio do Benfica festejou após a bola bater no poste e entar.
A Seleção não desarmava e sem sair do ataque, Gonçalo Paciência marcou o quarto golo, para delírio das bancadas.
A Seleção estava endiabrada e havia um jogador que merecia um golo - e esse momento chegou - Bernardo viu uma bola a saltar na grande área e desferiu-lhe um remate para o fundo da baliza de Setkus.
O jogo focava-se no meio campo da Lituânia e Ronaldo surgiu novamente na área para cumprir um hat-trick.
Onze de Portugal: Patrício; Ricardo, Rúben Dias, Fonte, Mário Rui; Neves, Pizzi, Bruno Fernandes; Bernardo, Gonçalo Paciência e Ronaldo.
Onze da Lituânia: Setkus; Mikoliunas, Palionis, Girdvainis, Andriuskevicius; Slivka, Simkus Kurklys; Novikovas, Cernych e Golubicklas.