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Estão confirmados os dois primeiros casos da variante Omicron no Reino Unido, ambos relacionados com viagens oriundas da África Austral.
"Após a sequenciação do genoma, a Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido confirmou que dois casos de Covid-19 com mutações consistentes com B.1 .1.529 (Omicron) foram identificados no Reino Unido", disse o Ministério de Saúde britânico em comunicado.
"Os dois casos estão associados a viagens da África Austral", acrescenta a nota. Um dos casos foi detetado na cidade central inglesa de Nottingham, e o outro em Chelmsford, a leste de Londres.

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"Movemo-nos rapidamente e os indivíduos estão em isolamento enquanto o rastreio dos contactos está em curso", afirmou o secretário de Estado de Saúde britânico Sajid Javid, em declarações citadas pela AFP.
O Governo britânico vai colocar mais quatro países africanos na "lista vermelha" de viagens: Malawi, Moçambique, Zâmbia e Angola. A medida entra em vigor às 04h00 deste domingo.
Devido ao aparecimento da nova variante do vírus, a Omicron, o Reino Unido já tinha anunciado a proibição de viagens oriundas de África do Sul, Namíbia, Lesoto, Eswatini, Zimbabué e Botswana.

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Esta nova estirpe foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar maior infecciosidade.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) alertou na quinta-feira que a nova variante do vírus SARS-CoV-2 suscita "sérias preocupações de que possa reduzir significativamente a eficácia das vacinas e aumentar o risco de reinfeções".
Num comunicado sobre a avaliação da ameaça da nova variante, e com base na informação genética atualmente disponível, o ECDC disse que a nova variante detetada na África Austral é a mais divergente (em relação ao vírus original) detetada até hoje.
A diretora da ECDC, Andrea Ammon, referiu, citada no comunicado, que há ainda muitas incertezas em relação à transmissibilidade, eficácia das vacinas ou risco de reinfeções, e pediu proatividade na implementação de medidas para "ganhar tempo" até haver mais informação.
A representante recomendou que se feche "a lacuna da imunização" e que sejam consideradas doses de reforço de vacinas para todos os adultos, dando prioridade às pessoas com mais de 40 anos.
"Finalmente, devido às incertezas envolvidas nesta situação, a implementação reforçada atempada de intervenções não-farmacêuticas é agora mais importante do que nunca", disse.

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