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O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) vai verificar as condições e o tratamento recebido pelos soldados ucranianos que se renderam na siderúrgica Azovstal, na cidade costeira de Mariupol, no sul da Ucrânia.
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A porta-voz da organização, Mirella Hodeib, disse hoje que a prioridade do CICV é verificar as condições de detenção e tratamento dos prisioneiros de guerra, evitar que desapareçam e manter contacto com as suas famílias, informou a agência local Ukrinform.
Mirela Hodeib especificou que, ao registar prisioneiros de guerra, a organização pode proteger esses soldados do risco de desaparecerem.
No entanto, enfatizou que todas as informações sobre o número e dados pessoais dos militares ucranianos que deixaram a siderúrgica serão confidenciais e não serão divulgados.
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A porta-voz anunciou que vão tentar contactar familiares em busca de informações sobre estes prisioneiros que estão "nas mãos" das tropas russas.
Mirela Hodeib lembrou que em março passado foi criado um escritório independente dentro da Agência Central de Rastreamento do CICV para lidar exclusivamente com o "conflito armado internacional na Ucrânia".
Soldados ucranianos defenderam a cidade sitiada de Mariupol durante 80 dias e acabaram por se refugiar dos bombardeamentos russos nas instalações da siderúrgica Azovstal juntamente com centenas de civis.
Em 16 de maio, os soldados ucranianos começaram a render-se, muitos deles pertencentes ao regimento ultranacionalista Azov, que atualmente estão sob tutela russa.
Moscovo publicou alguns vídeos e fotos desses soldados, especialmente os feridos que estão a ser tratados em hospitais, mas o local para onde foram transferidos e o número total de prisioneiros são desconhecidos.