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É oficial: a economia britânica entrou em recessão, registando uma queda de 20,4% nos meses de abril, maio e junho. O National Statistics Office (ONS) admitiu na manhã desta quarta-feira, ao revelar estes dados, que esta é uma queda recorde na história do país e atribui a causa às restrições impostas pelo Governo devido à pandemia.
O Produto Interno Bruto cresceu 8,7% em junho, à medida que as medidas de confinamento do governo britânico diminuíram, tendo também registado um crescimento ligeiro de 1,8% em maio depois da contração de 20,4% de abril.
A queda no segundo trimestre é a pior alguma vez registada e segue em linha com a contração de 2,2% do primeiro trimestre. Ainda assim, os analistas esperavam uma queda de 20,5%, de acordo com um estudo da Reuters.

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Estes dois períodos consecutivos de contração significam que a economia britânica está agora em recessão técnica. Os setores dos serviços, construção e produção registaram quedas trimestrais recordes, em particular nos negócios mais expostos às restrições governamentais, esclarece o ONS.
"A economia começou a recuperar em junho, com a reabertura das lojas, o aumento de produção nas fábricas e a recuperação na construção de casas. Apesar disso, o PIB ainda permanece um sexto abaixo do seu nível em fevereiro, antes do vírus atingir o país", explica Jonathan Athow, vice-presidente do ONS, à CNBC.
Ainda assim, o ONS sublinhou que as suas estimativas estão sujeitas a uma maior incerteza do que é habitual devido às dificuldades que enfrentaram na recolha de dados, por causa das restrições.