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Filha de mãe indiana e pai jamaicano, a democrata da California Kamala Harris é a escolha do candidato a presidente dos Estados Unidos da América para o acompanhar na corrida à Casa Branca. O anúncio foi feito nas redes sociais. Joe Biden escreveu que se sentia honrado em anunciar o nome de Kamala Harris, uma lutadora destemida dos menosprezados, e uma das melhores funcionárias públicas do país para companheira de corrida. "Juntos derrotaremos Donald Trump", disse.
Em resposta, a democrata reagiu através da rede social Twitter: "Joe Biden pode unificar o povo americano porque ele passou sua vida lutando por nós. E como presidente ele construirá uma América à altura de nossos ideais. Tenho a honra de me juntar a ele como candidata do nosso partido para vice-presidente e fazer o que for necessário para torná-lo nosso comandante-chefe".
Kamala Harris aspirou a ser a primeira mulher presidente dos Estados Unidos, mas abandonou a corrida democrata no final de 2019, endossando Joe Biden. "Farei tudo no meu poder para ajudar a elegê-lo para presidente dos Estados Unidos", afirmou em março, no seu discurso de apoio.
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Com 55 anos, Harris foi a segunda mulher negra a ser eleita para o senado americano e a primeira afro-americana a servir como procuradora-geral da Califórnia, a principal advogada e oficial da lei no estado mais populoso dos Estados Unidos. O seu trabalho como procuradora geral permitiu que ganhasse relevo dentro do partido Democrata, sobretudo junto da ala progressista.
Kamala Harris é a primeira mulher afro-americana a ser escolhida para o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos da América. Apesar da presença da cultura indiana na família, a democrata escreveu na sua autobiografia que a mãe adotou a cultura afro-americana de Oakland, a cidade onde Harris cresceu. "A minha mãe sabia que estava a educar duas filhas negras", lê-se na sua autobiografia The Truths We Hold.
Voz ativa durante os protestos após a morte de George Floyd, Kamala Harris acredita que é necessário mudar as práticas policiais e desmantelar o racismo sistémico no país. Durante os meses de campanha eleitoral, Kamala Harris afirmou várias vezes ser a pessoa certa para representar a população marginalizada americana na Casa Branca.
Projeta-se que 32 milhões de hispânicos poderão votar em 2020 (13%), em comparação com 30 milhões de negros (12,5%).