Carlos César diz que o Partido Socialista (PS) se sente envergonhado com as acusações que recaem sobre Manuel Pinho, ex-ministro da Economia de José Sócrates.
"A confirmar-se é uma situação incompreensível e lamentável", disse o líder da bancada socialista no programa da TSF "Almoços Grátis", reiterando o que disse na semana passada sobre o caso.
"No que diz respeito ao ex-ministro Manuel Pinho, a confirmar-se, o PS sente-se envergonhado."
Defendendo que o PS tem tradição e responsabilidade no combate à corrupção, Carlos César defendeu que este caso "tem de ser esclarecido e punido", até porque não há razão para não avaliar o caso Manuel Pinho como já se avaliaram "os casos de vários ministros e responsáveis que na banca ou na política que tiveram comportamentos desviantes, irregulares ou até de alçada criminal".
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"O país tem razões para se envergonhar com determinadas condutas", diz Carlos César.
Sim, a política e a justiça, são campos distintos, mas isso não deve ser desculpa para o silêncio em casos como este, defende."Quando os políticos se encontram perante a necessidade de escrutinar alguém sob alçada da justiça não podem nem devem prescindir de o fazer".
"É através de uma Comissão de Inquérito, a nosso ver, que melhor se poderá resolver este assunto".
Já o Congresso do PS, entre os dias 25 e 27 de maio na Batalha, não é espaço para discutir o caso de Manuel Pinho, defende o socialista.
"O Congresso do PS é para discutir o futuro (...) Não vamos para lá discutir o caso de A de B ou de C. Não é isso que é relevante na reunião magna de um partido".
Nas reuniões internas discutem-se estes casos, justifica. "Ficamos até enraivecidos com isto", em especial com "pessoas que se aproveitam dos partidos políticos".
Em causa no chamado o caso EDP estão benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos à principal elétrica nacional por parte de Manuel Pinho.
Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues