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António Mexia, atual presidente do Conselho de Administração Executivo da EDP, e Manso Neto, administrador, vão deixar a EDP no final deste ano e, assim, não se recandidatam a um novo mandato entre 2021 e 2023.
"Na presente data, a EDP recebeu uma carta do Presidente do Conselho de Administração Executivo (PCAE) suspenso de funções, Dr. António Mexia, e uma carta do membro do Conselho de Administração Executivo (CAE) suspenso de funções, Dr. João Manso Neto, informando da respetiva indisponibilidade para integrar qualquer lista candidata aos órgãos sociais da EDP para o próximo mandato (2021-2023)", pode ler-se no comunicado da CMVM.
A diretora do Diário de Notícias, Rosália Amorim, entrevistada pela jornalista Ana Sofia Freitas, comenta as saídas de António Mexia e de Manso Neto da EDP.
Na nota, a empresa reconhece a contribuição dos dois responsáveis "para o crescimento e criação de valor para a sociedade e para os seus stakeholders ao longo dos últimos 15 anos e deixa expressamente registadas a importância da liderança do Dr. António Mexia e a contribuição muito relevante do Dr. João Manso Neto no cumprimento dos objetivos da EDP neste período".
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Decisão foi "ponderada" e razões serão conhecidas "a seu tempo"
Em declarações à TSF, o advogado de António Mexia e João Manso Neto, João Medeiros, garante que a decisão de ambos saírem da EDP foi "ponderada" e imposta "em função das circunstâncias".
O advogado de Mexia e Manso Neto, João Medeiros, em entrevista com a jornalista Guilhermina Sousa, garante que as razões para as saídas vão ser conhecidas a seu tempo.
"Foi uma decisão também, naturalmente, do interesse da EDP", garante. As razões para as saídas "são várias e de múltipla ordem", com João Medeiros a garantir que serão comunicadas "a seu tempo".
Mexia e Manso Neto "fizeram o que lhes competia ao informarem a EDP", refere o advogado.

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Os acionistas da EDP representados no Conselho Geral e de Supervisão (CGS) pediram esta segunda-feira ao presidente interino da empresa Miguel Stilwell de Andrade uma proposta relativa à composição do Conselho de Administração Executivo (CAE) para o próximo mandato
"Os acionistas signatários já solicitaram ao PCAE interino da sociedade, Miguel Stilwell de Andrade, que lhes submetesse uma proposta relativa à composição do CAE para o próximo mandato (2021-2023)", revelou o comunicado enviado à CMVM, após o fecho do mercado.

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A 6 de julho, o administrador financeiro da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, foi nomeado presidente interino do CAE da empresa, na sequência da suspensão de funções de António Mexia decretada pelo juiz Carlos Alexandre.
"Nesta data, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho de Administração Executivo deliberaram proceder à nomeação do Chief Financial Officer, Miguel Stilwell de Andrade, para o exercício interino das funções e cargo de presidente do Conselho de Administração Executivo enquanto se verificar o impedimento do Dr. António Mexia, e em acumulação com as atuais funções", referia a nota.
