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Inês Sousa Real, do PAN, começou a intervenção no debate para a votação final global do Orçamento do Estado para 2022 afirmando que o partido sempre disse "que a discussão do Orçamento era uma maratona e que mais importante que discutir as insuficiências da versão que entrava no parlamento, era lutar pela existência de melhorias substanciais à versão que daqui sairia".
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"Hoje é o último capítulo de uma crise política desnecessária e prejudicial"
A líder parlamentar do PAN admitiu que há "avanços muito importantes" que surgem por proposta do partido, apesar de não se ter ido tão longe como o desejado. Este é "um orçamento mais verde, mais ecológico e mais sustentável que garante que as futuras gerações possam herdar um planeta mais comprometido com aquilo que é o bem-estar e a qualidade de vida".
Entre as propostas do PAN aprovadas, Inês Sousa Real destaca o investimento em transportes públicos no interior do país; a descida do IVA dos painéis fotovoltaicos e "40 milhões de euros para tornar as casas das pessoas que vivem em pobreza energética mais quentes, confortáveis e climaticamente sustentáveis".
Isto além de medidas de bem-estar animal; medidas para "deseucaliptar Portugal", o fim do uso de chumbo nas munições da caça e pesca; a criação de uma rede nacional de banco de leite materno; medidas de alojamento para as vítimas de tráfico de seres humanos e para pessoas em situação de sem-abrigo e medidas de proteção das pessoas, surdas, invisuais ou com deficiência.
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Fica pelo caminho a licença menstrual, lamenta a líder do PAN, assim como o IVA zero nos alimentos do cabaz essencial, creches grátis para todas as crianças, a redução do preço dos passes dos transportes públicos.
Inês Sousa Real anuncia a abstenção do PAN, "alertando o PS e o Governo para a necessidade de as pontes de diálogo que agora se lançaram não fiquem pelo caminho".
"O senhor primeiro-ministro disse várias vezes que ainda tinha muita 'estrada para andar'. Esperamos que não a asfalte com o rolo 'compressor de uma maioria absoluta', mas antes mantenha um diálogo sério, respeitoso e construtivo que deve ser a prática regular ao longo de toda a legislatura."