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A solução Portela +1, que está pensada para o Montijo, é um apeadeiro e trata-se de um erro ambiental, económico, social e político. Palavras do candidato à presidência da República, João Ferreira, ontem à noite, na Baixa da Banheira.
João Ferreira defende que o país está a ceder aos interesses da multinacional Vinci e continua a defender o campo de tiro de Alcochete, como a melhor opção para a construção de um novo aeroporto em Lisboa.
O primeiro a batizar o novo aeroporto de "apeadeiro" foi Nuno Cavaco, presidente da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira. Depois, João Ferreira descolou para o tema e sublinhou que o apeadeiro não é solução para o país. "A construção do tal apeadeiro não é a opção de futuro que o país precisa, seja pelo horizonte de saturação desta solução, seja pela forte penalização que implica para as populações, desta margem ou da outra margem do Tejo", refere.

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O candidato aterrou as culpas da insistência nesta opção, a do Montijo, na multinacional Vincy. "Não podem ser os interesses de uma multinacional a determinar as opções de investimento de um país", afirma. Acrescentou também que desde a privatização a ANA - Aeroportos de Portugal - "reduziu substancialmente o investimento, levou a cabo um contínuo e enorme aumento das taxas aeroportuárias e, em cima disto tudo que já é inaceitável, a Vinci não pode ser desresponsabilizada da construção de um novo aeroporto".
João Ferreira refere que a solução estava encontrada em 2007, o novo aeroporto seria construído por fases no campo de tiro de Alcochete e reunia, para o candidato, consenso nacional.
Para além do novo aeroporto, João Ferreira lembrou ainda a necessidade de uma terceira travessia rodoviária do Tejo. A margem sul precisa de melhorar a rede de transportes públicos: de barco, autocarro ou comboio e os assuntos deveriam merecer mais atenção do presidente da República.