- Comentar
Com eleitorados distintos em vista, Catarina Martins e André Ventura gastaram grande parte dos 25 minutos de debate em ataques e contra-ataques, muitas vezes em tom pessoal.
Relacionados
"A escolha é entre mim e Rui Rio." Costa bipolariza e defende que só o PS "livra o país da direita"
Rio desafia Ventura a viabilizar Governo do PSD. Chega recusa ser "muleta"
Todos contra (quase) todos. Costa e Rui Tavares no primeiro de 30 debates
A coordenadora do Bloco de Esquerda entrou logo ao ataque, referindo sempre o Chega como o partido da "extrema-direita" que é necessário meter "no seu lugar" e puxando para o debate o tema do combate à corrupção, uma das bandeiras do Chega, que acusou de nada ter feito sobre o enriquecimento injustiçado e sobre corrupção no futebol "nem um pio", além de ter votado contra os vistos-gold.
André Ventura ia rebatendo as acusações e desafiou Catarina Martins a enumerar uma proposta que o Chega tenha chumbado no combate à corrupção: "Se o BE quiser debater corrupção, estou lá de manhã à noite", disse o deputado e presidente do Chega que, por sua vez, acusou o Bloco de ser o quarto partido com mais património imobiliário.
Ouça a análise.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Catarina Martins respondeu considerando que Ventura é "mais previsível do que um disco riscado" . A coordenadora do BE citou, por duas vezes, o Papa Francisco "Queremos viver num país em que os pobres são cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos ou num país decente?" levando o líder do Chega a ironizar: "Agora é católica?"
André Ventura acusou o Bloco de querer dar "700 euros, casa e trabalho a quem veio do mediterrâneo com um telemóvel na mão", enquanto "há pensionistas que recebem pensões de 200 euros."
Sobre cenários de governabilidade, Catarina Martins avisou contra o "pântano"e manifestou confiança em manter o terceiro lugar. Já André Ventura atirou que "O BE sabe que não vai ser a terceira força política e sabe muito bem" e responsabilizou o líder do PSD: "Rui Rio está a dizer "prefiro o PS ao Chega". Do nosso lado ou há transformação ou não aceitaremos", ainda assim garantiu que tudo fará para "tirar António Costa do poder."