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A Procuradoria-Geral da República do Brasil (PGR) pediu esta sexta-feira a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o Presidente Jair Bolsonaro por prevaricação - ter conhecimento de um crime e não o denunciar - no caso da negociação da vacina indiana Covaxin.
O caso Covaxin partiu de uma denúncia, em março, de um funcionário do ministério da Saúde de que estaria a sofrer pressão incomum para fazer aprovar a compra da Covaxin, a preço sobrefaturado e em tempo recorde.
Alertou então o seu irmão, um deputado federal bolsonarista, e ambos marcaram reunião com o Presidente. Lá, Bolsonaro teria dito que o caso seria um "rolo" (esquema ilícito) de um deputado seu aliado, Ricardo Barros, e prometeu investigar. Mas não o fez. O Ministério Público quis ouvir então o funcionário público, o caso chegou à imprensa e depois à Comissão Parlamentar de Inquérito que já investigava no Senado eventual negligência do governo no combate à pandemia.
Em paralelo, a oposição, incluindo ex-bolsonaristas, protocolou o super-pedido de impeachment ao presidente - foram 120 pedidos avulsos incluídos numa peça jurídica única.
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Finalmente, no sábado estão previstas manifestações em todos os estados do Brasil contra Bolsonaro, num dos piores momentos dos seus dois anos e meio de governo.