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Espanha reenviou para Marrocos 1500 dos seis mil migrantes que entraram de forma ilegal no enclave espanhol de Ceuta desde segunda-feira, anunciou esta terça-feira o Ministro do Interior de Espanha.
"Cerca de seis mil pessoas" entraram em Ceuta e "nesta altura, reenviámos 1500 dessas pessoas e estamos a continuar essas devoluções", disse o ministro, Fernando Grande-Marlaska, à televisão pública espanhola TVE.
"A lei, os tratados internacionais e os nossos acordos com Marrocos" serão aplicados para a proteção dos 1500 menores que estão entre os imigrantes, de acordo com o ministro espanhol.
O ministro explicou que esta terça-feira chegarão a Ceuta - que faz fronteira com o Marrocos - 200 militares, 150 polícias nacionais e 50 guardas civis, para complementar os 1100 efetivos que habitualmente se encontram na cidade de Ceuta.
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Grande-Marlaska também destacou que a intervenção em patrulhas conjuntas com as Forças Armadas tem sido articulada para garantir a segurança dos cidadãos.
Ricardo Alexandre, editor de Internacional da TSF, faz o retrato da situação em Ceuta
Nesta terça-feira, 86 migrantes passaram pelas barreiras que protegem o enclave espanhol de Melilla a partir do Marrocos.
No ano passado, 41.861 migrantes chegaram de forma irregular a Espanha, por via marítima e por via terrestre, um aumento de 29% em relação a 2019, em parte por causa da forte pressão migratória verificada nas Ilhas Canárias, segundo dados oficiais.
No caso específico de Ceuta, em 2020, foram referenciadas 430 chegadas por via marítima, menos do que as 655 verificadas no ano anterior.
Grupos de migrantes tentam regularmente entrar no território de Ceuta, seja a nado ou através de tentativas para trepar as altas cercas fronteiriças que separam o enclave de Marrocos.
Ceuta e Melilla são as únicas fronteiras terrestres da União Europeia (UE) com África.