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As crianças até aos nove anos são o grupo com a incidência mais elevada de novas infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, que aumentou 83% numa semana, indicam as "linhas vermelhas" da pandemia divulgadas esta sexta-feira.
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A faixa etária com "incidência cumulativa a 14 dias mais elevada correspondeu ao grupo das crianças com menos de dez anos (12.428 casos por 100 mil habitantes), que foi também o grupo com maior aumento da incidência, em relação à semana anterior (+83%)", adianta a análise de risco semanal das autoridades de saúde.
Segundo o documento do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), regista-se em Portugal uma tendência crescente da incidência cumulativa nos grupos etários abaixo dos 20 anos, assim como nas pessoas entre os 30 e os 49 anos e acima dos 70 anos.

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Os jovens entre os dez e os 19 anos apresentam a segunda incidência mais elevada de novas infeções, que aumentou 49% no espaço de uma semana, para 10.066 casos por 100 mil habitantes a 14 dias.
"Apesar de a incidência cumulativa a 14 dias no grupo etário dos indivíduos com 80 ou mais anos ter apresentado uma tendência crescente, o valor de 1.811 casos por 100 mil habitantes reflete um risco de infeção mais de três vezes inferior ao apresentado pela população em geral", referem as "linhas vermelhas".
Segundo o relatório, na quarta-feira a incidência cumulativa a 14 dias foi de 6.496 casos por 100 mil habitantes em Portugal, indicando uma "intensidade muito elevada e com tendência crescente" de infeções pelo SARS-CoV-2.
A covid-19 provocou mais de 5,63 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.788 pessoas e foram contabilizados 2.507.357 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.