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O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediram este sábado ao presidente russo Vladimir Putin para libertar 2500 combatentes ucranianos que estavam na fábrica de aço Azovstal, em Mariupol, e foram feitos prisioneiros pelos russos.
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"O presidente da República e o chanceler alemão pediram a libertação de cerca de 2.500 defensores de Azovstal feitos prisioneiros de guerra pelas forças russas", divulgou a Presidência francesa, após uma conversa telefónica entre os três líderes.
Macron e Scholz terão tomado "nota positiva do compromisso do Presidente russo de tratar os combatentes capturados em conformidade com o direito humanitário internacional, em particular as Convenções de Genebra, e de assegurar o acesso sem entraves ao Comité Internacional da Cruz Vermelha".
Já de acordo com a chancelaria alemã, os dois líderes ocidentais "insistiram num cessar-fogo imediato e numa retirada das tropas russas" e "apelaram ao presidente russo para negociações diretas sérias com o presidente ucraniano e uma solução diplomática para o conflito".
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O presidente russo confirmou que a Rússia permaneceu "aberta a um reatamento do diálogo" com Kiev para resolver o conflito armado, estando as negociações de paz com a Ucrânia paradas desde março, segundo o Kremlin.
Durante a conversa telefónica, Vladimir Putin também "salientou a natureza perigosa de continuar a inundar a Ucrânia com armas ocidentais, alertando contra os riscos de uma maior desestabilização da situação e de um agravamento da crise humanitária", segundo relata a AFP.
Por outro lado, Emmanuel Macron e Olaf Scholz terão exortado Vladimir Putin a negociar uma solução para a guerra com Kiev, "respeitando a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", e terão pressionado no sentido de um cessar-fogo e que o presidente russo concorde em negociar diretamente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "o mais depressa possível".
O telefonema foi também aproveitado para os líderes de França e Alemanha insistirem na urgência de levantar o bloqueio em Odessa, a fim de permitir a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro e evitar uma crise alimentar global.
Berlim e Paris prometeram manter um contacto estreito sobre o risco de crise alimentar, uma preocupação crescente face ao bloqueio das exportações da Ucrânia, um dos principais produtores mundiais de cereais.
* Notícia atualizada às 16h10