Mário FernandoO clássico do nosso confinamentoDesta vez, o novo confinamento dos portugueses começa com um clássico do futebol. Só para ver na televisão, mas, ainda assim, uma novidade. É que no confinamento passado nem futebol houve. É esta uma das mudanças no alinhamento para as próximas semanas. O futebol (entre outros) não está obrigado a reclusão, uma medida de bom senso se levarmos em linha de conta que foi, no seu funcionamento interno, um dos setores de atividade que mais rigor demonstrou no cumprimento das regras sanitárias. Além de que até nem é má ideia podermos ver bons jogos enquanto estivermos confinados. Portanto, aí está um FC Porto - Benfica.
Paulo BaldaiaA escola vítima da propagandaManter as escolas abertas, todas as escolas, é uma decisão muito sensata do governo. As direções das escolas fizeram, aliás, um trabalho notável para garantir as melhores condições de segurança neste ano letivo. Ninguém duvida que o risco no interior das escolas é mínimo, como ninguém tem dúvidas de que há um problema de comportamento dos jovens fora das escolas, mas isso só vem confirmar que a escola tem de continuar aberta, para ensinar e para permitir o convívio social. Fora da escola, os jovens estão obrigados ao mesmo confinamento de toda a gente. A melhor decisão, a única que acautela o direito das crianças e jovens a uma educação que não lhes hipoteque uma parte do futuro, é manter as escolas abertas.
Raquel Vaz PintoA UE e a Alegria Comercial de Xi JinpingO ano de 2020 terminou com a assinatura de um acordo comercial entre a União Europeia e a República Popular da China. O anúncio foi avançado com pompa e circunstância por ambos os lados. Não questiono os méritos técnicos sobre as questões comerciais e os dossiers sectoriais que serão relançados entre dois actores que são, inegavelmente, colossos económicos. E bem sei que temos de fazer a ressalva de que do lado da União Europeia a confirmação deste Acordo não está ainda concluída. Vamos ver como esse processo decorre.
Inês CardosoFique em casa. E nós ficamos?Quando hoje se sentarem para aprovar as medidas do novo confinamento que tenta travar uma terceira vaga avassaladora, os ministros terão na decisão sobre as escolas um dos principais pontos de discussão. Manter ou não as aulas presenciais em todos os níveis de ensino divide especialistas, políticos e agentes do setor, tal como na Europa se vão vendo diferentes modelos nesta matéria. A grande questão não é se as escolas fecham. É, fechando, perceber quando abrem. O exemplo de Tavira é bem ilustrativo do problema que se cria ao encerrar escolas. Depois de uma semana com ensino à distância, quando as aulas foram retomadas, na última segunda-feira, cerca de metade dos pais não levaram os filhos, porque se criou um problema de confiança que até então não existia.
Daniel OliveiraMarcelo positivo, campanha negativaDaniel Oliveira considera que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de abdicar dos tempos de antena durante a campanha eleitoral às presidenciais foi "um pouco inusitada" e sublinha que "não há memória de um candidato relevante não usar os tempos de antena".
Pedro TadeuPortas devia ouvir o que diz Schwarzenegger?Diante de uma fotografia do alucinado com um chapéu com cornos que andou a mostrar-se a todas as câmaras de vídeo que filmaram a invasão do Congresso norte-americano, Paulo Portas disse ontem à noite, numa conversa com José Alberto Carvalho, na TVI, o seguinte:
Filinto LimaMais professores na escola, menos alunos por turmaNa semana passada acentuou-se um problema crónico - o frio que impera nas salas de aula de algumas escolas - assim como a convicção do primeiro-ministro em manter as escolas abertas.
Mário FernandoTodos num só diaFoi preciso uma chuvada daquelas, nos Açores, e uma ventania das antigas, na Madeira, para termos uma jornada do campeonato com os três grandes a jogarem no mesmo dia.
Paulo BaldaiaA realidade supera a conspiraçãoAntónio Costa a acusar políticos portugueses de estarem a conspirar internacionalmente contra o país, faz lembrar Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria que é acusado pelos seus parceiros europeus de não gostar muito do Estado de Direito. Esta comparação ocorreu à candidata presidencial Ana Gomes. A minha memória é mais curta e, quando me convocaram para mais uma dose de patriotismo, o que me ocorreu foi que esse deve ter sido o argumento que os apoiantes de Trump usaram para se convencerem a si próprios que fazia todo o sentido invadir a casa da Democracia.
Raquel Vaz PintoE agora, Trumpistas?Tinha preparado a minha opinião de hoje sobre a vitória Democrata no estado da Geórgia e também a resistência de alguns Republicanos relativa à confirmação dos votos do Colégio Eleitoral pelo Congresso. Claro está que Trump é sempre capaz de surpreender pela negativa. As imagens de ontem são chocantes, sem dúvida, mas não são inesperadas. Na verdade, tendo em conta os movimentos extremistas, o acesso a armas e a legitimidade dada por Donald Trump à «fraude eleitoral», estava à espera de bem pior.
Inês CardosoÉ favor voltar a aumentar o volume dos especialistasVamos ter mais um estado de emergência, desta vez de apenas oito dias e com uma sensação (grave) de que o prolongamento é acompanhado de um grande desconhecimento sobre a verdadeira situação epidemiológica do país. Estamos a habituar-nos a um estado que deveria ser excecional, mas, a certa altura, já parecemos algo desorientados e perdidos quanto à real situação que atravessamos. É discutível a lógica desta declaração a meio tempo, que evita o cenário de renovação em vésperas de eleições, mas certo é que o próprio Presidente da República justifica ser necessário avaliar o efeito do período mais relaxado das festas de Natal.
Daniel OliveiraPresidenciais: tudo volátil à esquerdaDaniel Oliveira considera que, nestas eleições presidenciais, o "resultado mais importante é o segundo lugar", uma vez que, afirma, o grande vencedor "já está decidido há muito tempo". No espaço de opinião que ocupa semanalmente na TSF, o jornalista comentou a última sondagem da Aximage para a TSF, o DN e o JN, que atribui, sem surpresas, a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa, com maioria absoluta.
Pedro TadeuÉ a Europa quem escolhe os nossos magistrados?Vamos lá resumir a história: Um comité europeu de peritos apreciou três candidatos portugueses para o cargo de procurador europeu. Escolheu Ana Carla Almeida.
Filinto LimaA Educação reconhece, Carlos do Carmo permaneceráO 1.º dia do ano sussurrou-nos um cântico triste - o da inesperada partida do Senhor Carlos do Carmo.
Mário FernandoUm ano de novas esperançasDepois de um ano de estádios vazios, competições canceladas ou modificadas, atletas parados e uma incerteza total, espera-se um 2021 bem melhor. Mas não será assim tão depressa.
Raquel Vaz PintoO médico Li Wenliang é a minha figura de 2020Ao longo deste mês pensei muito sobre quem iria escolher como figura de 2020. A Pandemia é, sem dúvida, aquilo que define este ano e que irá também marcar os próximos tempos. Uma escolha excelente seriam todos os cientistas que investigaram e conseguiram chegar a uma vacina. Tendo em consideração o impacto que irão ter na vida de todos nós seria até uma opção óbvia.
Inês CardosoPontes para ultrapassar o fosso das desigualdadesNum ano marcado pela pandemia, não faltam momentos e imagens que vão ficar para a história, mas destacaria duas conclusões sobre o que estes longos meses nos foram revelando. Não pela via consensual do papel insubstituível do Serviço Nacional de Saúde ou pela valorização inequívoca da missão da ciência, mas duas conclusões sobre a forma como socialmente chegamos ao fim de 2020 e sobre como reagimos ao medo.
Rodrigo TavaresUm País em 56 artigosO convite foi espontâneo, mas acabou por tornar-se um ofício prazeroso. No final de 2018, a direção da TSF pediu-me que escrevesse sobre Portugal. O que vê um emigrante de quase duas décadas quando regressa, com 40 anos de idade, ao seu país? Escrevi, com apego, mais de meia centena de artigos (41 deles hyperlinkados abaixo). Entrevistei algumas pessoas, conversei com mais, observei todas. Aprendi e desaprendi em contrição. Aproximando-se o final de 2020, esta será a última das minhas colaborações na TSF. Neste período, rodopiei dentro de mim, como um pião, por quase todos os estados de alma até conseguir olhar para o país com uma certa calma, sem latejos ou agitações. Ainda não dei repouso à frustração, mas um certo orgulho começa a despontar. Portugal ainda é um país muito igual, mas também já é diferente.
Pedro TadeuA União Europeia está a trabalhar bem contra a Covid-19?A União Europeia, que reclama ser uma das maiores potências do mundo, chegou atrasada à vacinação contra a Covid-19 em relação aos seus mais diretos rivais.
Filinto LimaDiretores resilientesGozando da tão necessária e relevante pausa letiva (de natal), as escolas preparam-se, agora, para enfrentar os 55 dias úteis de aulas relativos ao próximo período, que, se decorrer de modo idêntico ao primeiro, será excecional.
Mário FernandoA outra face do NatalO Natal foi sorridente para o Sporting, trouxe um presente especial para o FC Porto e uma deceção para o Benfica. Falta saber o que se segue ainda antes de encerrar o ano.
Raquel Vaz PintoA Ciência Estratégica da União Europeia«A segurança é como o oxigénio: não lhe damos a devida atenção até que começamos a sentir a sua falta.»