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Olhar a tecnologia com pensamento artístico, e onde seja o ponto fulcral de um pensamento critico, Braga é Cidade Criativa da UNESCO para as Media Arts, e esta bienal, para Luís Fernandes, o diretor artístico, compositor e músico, quer celebrar a arte e a tecnologia, numa cidade que pode ser conservadora, mas abre muitas portas à inovação.
Uma bienal que tem na tecnologia o principal motivo, com a arte, mas também a preocupação ecológica ou da preservação de um planeta que precisa tanto da extracção e às vezes é tão dificil conjugar tudo.
Em Montalegre, não muito longe de Braga, está a ser contestada a extração de lítio, mineral que é a matéria prima para as baterias que alimentam muito da nova tecnologia, e esse é um paradoxo, difícil de resolver.
Esta primeira Bienal INDEX de arte e tecnologia, tem como ideia base a noção de superficie, essa metáfora poderosa que tanto pode ser Plataformas visuais ou entidades que se podem tocar, fronteiras ou interfaces, zonas de emergência ou extração.
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Index, uma Bienal em primeira edição, para uma abordagem crítica à tecnologia, enquanto não só ferramenta mas elemento central de muitas ideias artísticas, mas também tudo o que implica na sociedade e no planeta.
novas criações, nomes como Florian Hecker, berru, Jonathan Uliel Saldanha, Peter Burr, João Martinho Moura, Tiago Patatas ou Pierce Warnecke & Matthew Biederman com o coletivo nacional Ensemble Supernova. Mas também a estreia em Portugal da conferência performativa "Inside", de Frédérique Aït Touati & Bruno Latour, de obras da autoria de Bethany Rigby, Dele Adeyemo, Ibiye Camp & Dámaso Randulfe, Ginevra Petrozzi, France Jobin & Markus Heckmann, People Like Us ou o espetáculo "Subassemblies" de Ryoichi Kurokawa. No programa de conferências assinala-se a presença de Peter Weibel, diretor do ZKM e figura incontornável da história da media art, bem como Federico Campagna, Michael Marder, Miguel Carvalhais, Virginia Tassinari e Delfina Fantini van Ditmar.
Confirmados estão também os projetos selecionados internacionalmente através de open call. Após o anúncio, em outubro passado, foram submetidas 127 propostas, provenientes de 45 países. No programa são apresentados os projetos "Wander" de Yuqian Sun (China), "Finger Plays" de Matt-Nish Lapidus (Canadá), "Bureau of Cloud Management" de Tong Wu e Yuguang Zhan (EUA/China) e "Para Gardens" de Areej Huniti e Eliza Goldox (Jordânia e Alemanha).
Index, primeira edição da bienal de Arte e Tecnologia, em Braga, de hoje, 12 de maio, até 22 de maio.