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Catarina Martins considera que é essencial fiscalizar a forma como os imigrantes são usados na agricultura intensiva. Numa visita a Odemira, a líder do Bloco de Esquerda adiantou que o partido vai propor uma alteração à lei, com vista a conseguir identificar quem lucra com a existência deste tipo de trabalhadores.
"O que nós queremos é que, a partir de agora, quando uma situação de trabalho forçado e de ataque aos direitos humanos é detetado nestas explorações, que responda, não só a empresa que trouxe os trabalhadores, mas toda a cadeia da exploração agrícola e proprietários das terras", declarou Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda argumenta que "as empresas que trazem os trabalhadores são daquelas criadas na hora e que se vão embora num minuto, e depois não há empresa para condenar, para responsabilizar".
Ouça as declarações de Catarina Martins.
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Por isso, Catarina Martins pede a denúncia e a responsabilização de todos os que lucram com o esquema. "Queremos que os administradores, os diretores e toda a cadeia que lucra com a exploração da mão-de-obra de trabalho forçado e com ataque aos direitos humanos seja toda ela responsabilizada, porque esta é a única forma de combater o que está a acontecer."
A coordenadora do Bloco já se tinha manifestado contra a exploração e a "violação de direitos humanos" nas estufas e no trabalho na agricultura em Odemira.
Questionada sobre a saída do Governo do ministro Eduardo Cabrita, pedida pelo CDS, Iniciativa Liberal e Chega, Catarina Martins diz que isso não é solução para os casos como os que esta manhã denunciou.