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Um dia depois de António Costa ter assumido o desejo por uma maioria absoluta: "metade mais um" - disse o primeiro-ministro - Catarina Martins surge na mensagem de Ano Novo, em nome do Bloco de Esquerda apostada em contrariar esse objetivo e com a promessa de que "com a força que o povo confiar", o BE irá trabalhar por "soluções".
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"Só rejeitando a maioria absoluta podermos encontrar soluções para o SNS e para o salário, ou um esforço verdadeiro para derrotar a corrupção. Garanto-lhe que, em 2022 e sempre, com a força que o povo confiar, o BE lutará por essas soluções", afirma a líder bloquista.
Antes Catarina Martins renova a acusação de que foi o PS quem escolheu precipitar a crise.
"O governo do Partido Socialista rejeitou com a esquerda um acordo sobre a Saúde e sobre as Leis Laborais e preferiu provocar eleições em janeiro. António Costa já explicou porquê: quer a maioria absoluta."
A mensagem arranca com a referência a mais um "ano difícil" por causa da pandemia "mas não só".

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Sem citar os nomes de João Rendeiro ou de Manuel Pinho, Catarina Martins elenca "a detenção de um ex-banqueiro ou de um ex-governante, ou a investigação sobre clubes de futebol" para considerar que elas revelam um mundo de "conivências" que só será travado com a quebra de "bloqueios para as autoridades judiciárias."
"Precisamos do fim das offshores, controlo dos capitais, criminalização do enriquecimento ilícito, fim dos vistos gold", defende a coordenadora do BE.
Na área da Saúde, o bloco insiste que é preciso "assegurar SNS os profissionais de que precisa, criar carreiras , investir nos centros de saúde", medidas em que o Catarina Martins avisa: "Não hesitamos, não recuamos."
Avisando que a "pandemia ainda faz vítimas", Catarina Martins apela à vacinação: "Peço-lhe que se vacine e vacine os seus filhos."