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Eduardo Cabrita lembra que a organização, quer da final da taça de Portugal, quer da Champions, foi a Federação Portuguesa de Futebol e rejeita qualquer interferência do Executivo.
"A PSP adotou a resposta adequada, e é uma infâmia ser porta-voz da mentira de que o ministro da Administração dá instruções sobre como esta força deve intervir", disse Cabrita em resposta às críticas do PSD que considerou que a o ministro voltou a falhar na preparação.
Eduardo Cabrita está esta manhã no Parlamento, onde elogiou a atuação das forças de segurança, criticando o que classifica de "insidiosas mentiras" a propósito da atuação no último fim de semana durante os festejos dos adeptos do Chelsea e do Manchester United na final da Champions.
"Temos sempre a aprender com aquilo que são as respostas a estes grandes desafios, mas queria aqui mostrar o reconhecimento do Governo pela capacidade operacional, mesmo quando são objeto de insidiosas mentiras, como foi a propalada instrução para uma não intervenção, no Porto, por parte de uma das unidades da PSP", sublinhou o ministro na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
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Eduardo Cabrita considerou que dar instruções à PSP "violaria toda a autonomia técnico-operacional" e seria "uma falta de respeito de uma força que é conhecida a nível europeu pela sua capacidade de intervenção neste domínio.
Durante a audição Carlos Peixoto, do PSD, manteve as críticas à atuação do ministro: "Não há mesmo volta a dar, o senhor ministro não dá sossego aos portugueses ou tem um azar patológico ou é um masoquista ou tem um jeito enorme para estar na berlinda geralmente por más razões. Se acha que aquilo que se passou no fim de semana no Porto nada teve a ver consigo porque houve outros colegas do Governo que lhe aliviaram a carga está enganado."
"O Governo convida os ingleses para uma festa de arromba e depois querem que eles se comportem como se estivesse numa missa" ironizou o deputada social-democrata.
O ministro admitiu preocupação por "grandes ajuntamentos" considerando que "não são bons sejam no Bairro Alto, Albufeira ou sejam no Porto, não são bom exemplo de saúde publica"
A abrir a audição parlamentar, o ministro elogiou os dados alcançados em Portugal ao nível da criminalidade, segurança rodoviária e incêndios, bem como os números de óbitos por Covid-19 no mês de maio, em que não se registou qualquer vítima mortal em sete dias. Mas o deputado do PSD Carlos Peixoto lembrou que "os carros estiveram encerrados nas garagens" devido à pandemia e que é natural que os números da criminalidade tenham baixado quando as pessoas não saíam à rua.
