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A lista A, com Rui Tavares como segundo subscritor, venceu as eleições para o grupo de contacto do Livre, a direção do partido, com 67 por cento dos votos. A lista B, de oposição à atual direção, ficou-se pelos 31 por cento, e cerca de dois por centos dos votantes absteve-se.
Os membros da direção são eleitos pelo Método de Hondt, para um total de 15 lugares, pelo que a lista A consegue eleger 10 membros. Já a lista B ficou pelos cinco membros eleitos.
Para o Conselho de Jurisdição, a lista A também venceu, com 66 por cento, com o advogado Ricardo Sá Fernandes a ser reeleito para o órgão. A lista B obteve 30 por cento da votação.

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Já para a Assembleia do partido, o órgão máximo entre congressos, os candidatos mais votados pertenciam à lista A. O órgão é constituído por 50 elementos.
Pela primeira vez, depois do melhor resultado eleitoral do Livre nas eleições legislativas de janeiro, que recuperou o deputado, mesmo com toda a polémica com Joacine Katar Moreira, o partido teve duas listas candidatas à direção.
A lista B pede protagonismo de outras caras, além de Rui Tavares (que foi eleito deputado e é ainda vereador em Lisboa), e uma maior diversidade de vozes. Aos congressistas, a primeira subscritora, Patrícia Robalo acrescentou que "o partido precisa de concretizar o seu potencial e trazer ar fresco na política portuguesa".
A cisão começou em setembro, com a coligação do PS e do Livre para a câmara de Lisboa, com a lista opositora a defender que o partido deveria ter concorrido sozinho, sem ser muleta do PS e de Fernando Medina.
A lista opositora garante, no entanto, que não tem divergências com o deputado eleito e "não há qualquer falta de confiança". Em entrevista, a candidata pelo círculo eleitoral da Europa, que pertence à lista B, fala apenas numa "questão de perspetiva".
Já a lista A, com uma moção intitulada O Futuro nas nossas mãos, apresentou-se como a lista de continuidade com maior número de membros da direção anterior. A dirigente Teresa Mota é a cabeça-de-lista, à frente de Rui Tavares.

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