- Comentar
Dez dias depois, 12 chefes da equipa de Urgência Cirúrgica do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, voltam a estar demissionários. A decisão foi tomada depois de uma reunião, esta manhã, com todos os clinicos da especialidade. Na reunião entre os clínicos da especialidade, estes médicos tomaram conhecimento de que as condições impostas à administração não tinham sido cumpridas, nomeadamente a contratação de mais profissionais, para reforço das escalas.
A administração do hospital não cumpriu, então, o que tinha prometido numa reunião realizada na terça-feira, durante a qual tinha chegado a acordo com os médicos demissionários.
Os chefes da Urgência Cirúrgica apontam a degradação dos serviços, a falta de reforço das equipas e o excesso de horas extraordinárias. À TSF, Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, explicou o que esteve na origem das demissões: "Há cerca de dois dias, o conselho de administração, numa reunião que teve com os médicos, assumiu um conjunto de compromissos, e desde logo fez um comunicado público, a dizer que as questões estavam resolvidas e que os colegas tinham suspendido essa demissão."
Ouça as declarações de Roque da Cunha.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
"A verdade é que, no dia de hoje, os chefes de equipa verificaram que nada tinha acontecido, nomeadamente no reforço das equipas. As equipas de cirurgia da urgência estão abaixo dos mínimos de segurança, os circuitos que tinham sido estabelecidos."
Roque da Cunha</a> adianta ainda que houve "matérias de práticas de organização que não foram assumidas".
Os médicos tinham, em novembro, dado um prazo à administração para resolver os problemas, como a degradação dos serviços e o excesso de horas extraordinárias.
A TSF já contactou o gabinete de comunicação do hospital, que, para já, não comenta nem confirma qualquer informação sobre este caso.