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António Paraíso, presidente da comunidade de São Tomé e Príncipe em Portugal, revela à TSF o desespero de mães que tiveram bebés no Amadora-Sintra e não estão a conseguir registar os filhos. A TSF noticiou esta manhã que vários bebés, nascidos durante a pandemia, não foram registados pelos pais. São, sobretudo, filhos de imigrantes, a quem se perdeu o rasto, com o encerramento do balcão "Nascer Cidadão".
Para António Paraíso, esta situação não é uma surpresa, e não faz sentido só agora ter sido encarada. "Têm estado a aparecer inúmeras, sobretudo que saíram do hospital Amadora-Sintra e estão com muita dificuldade em registar as suas crianças", garante o representante.
Ouça as declarações de António Paraíso.
O presidente da comunidade de São Tomé e Príncipe em Portugal diz ter tentado agendar igualmente um registo, para testar a robustez do sistema. "A única resposta que eu tive foi de Vila Franca de Xira, mas para dia 30 de junho. Desde 18 de maio... É um constrangimento muito grande."
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As críticas têm-se repetido ao longo da manhã. Depois de Faro, também Beja reportou vários casos. António Paraíso assegura que se trata de uma situação com focos em todo o território nacional, sobretudo onde vive a maior "camada de imigrantes".
"Há mães desesperadas, que ficaram sem nenhum alento. Acomodaram-se com a situação, até verem quando se abre para elas."
O presidente da comunidade de São Tomé e Príncipe em Portugal deixa um apelo para que se corrija a situação com brevidade, até porque estas crianças correm riscos, podendo cair na mira de redes de tráfico humano. "Quando vi a presidente do Registo Nacional (IRN) falar da situação... Por amor de Deus, é preciso prevenir antes de remediar as coisas."

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