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Na madrugada de 28 de novembro, Paulo [nome fictício] percebeu que estava alguém na garagem do prédio a furar os pneus do seu carro. Desceu rapidamente e constatou que se tratava da ex-namorada, Rafaela Motta Ferreira. Paulo derrubou-a mas acabou mordido e esfaqueado duas vezes. Teve de ser atendido pelos bombeiros.
Não foi a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira, que Rafaela, uma agente da polícia de 40 anos, atacou o ex-namorado. Ela, inclusivamente, violou uma medida do tribunal que a proibia de se aproximar dele, razão pela qual, após esta última agressão, foi detida numa prisão em Gama, arredores de Brasília, enfrentando também a acusação de lesão corporal e dano material.
Na altura da detenção, a polícia apreendeu um diário de Rafaela onde ela anotou a intenção de furar os pneus do carro do ex-namorado. No mesmo registo, anunciava "pagar a todos os assassinos de plantão para acabar com a vida de todos eles".
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O "todos eles" são outros ex-namorados que também acusam a agente de perseguição. Um, que diz ter conhecido Rafaela num site de encontros, disse que ela lhe chegou a ligar-lhe 98 vezes num dia com ameaças, após o fim da relação.
Outro, recebeu uma mensagem ameaçadora para a família, na qual Rafaela o lembrava que ele tinha pai e mãe idosos a morarem sozinhos, irmã e sobrinho. "Portanto tenha mais precaução e pare de ser idiota", rematava ela.
Quando este "ex" prestava depoimento na corregedoria da polícia sobre o tema, Rafaela invadiu a sala e tentou impedir o inquérito dos colegas.
Rafaela, entretanto, é uma agente de polícia conceituada, ao ponto de fazer palestras na plataforma YouTube sobre a sua suposta especialidade: o autocontrole emocional.