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Em poucas semanas, as sondagens permitiram a construção de todos os cenários. Quase todas as direcções partidárias passaram da euforia à astenia, geringonçando alinhamentos, ajustando os dedos aos anéis, antropomorfizando cães e gatos. Como observa Viriato Soromenho Marques, hoje, no JN, "foi impressionante o papel que as sondagens tiveram nesta campanha, com uma clara mudança na conduta de todas as candidaturas em função dos resultados".
Chegados ao último dia de campanha, salvo se alguém tirar da cartola um coelho pestífero, será difícil contrariar a ideia instalada de que tudo está em aberto. Eis o mais aberto fechamento, sem rancores, enquanto anéis de rubis procuram dedos de conversa. É, pois, o momento de fechares o teu compromisso com uma ideia tua, reflectida e livre, de legitimação da representação democrática. Quando tudo se apresenta em aberto, fecha a tua decisão, por maioria absoluta de razões. Sonda o mais fundo em ti, não permitas que outras sondagens mudem a tua conduta. Quanto mais fechares a tua decisão, em função da tua chave de valores, mais o dia seguinte te revelará, como desejável, tudo em aberto. Como sempre deveria ser.
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