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O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, abandonou o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em Lisboa, esta terça-feira, sozinho, remetendo explicações para o seu advogado, Ricardo Sá Fernandes.
Pouco depois, Sá Fernandes saiu do DCIAP e afirmou que o Ministério Público "deu sem efeito a diligência" marcada.
"Há razões processuais que levaram a desmarcar. O Ministério Público emitirá um comunicado a esclarecer", afirmou o advogado em declarações aos jornalistas.
Na segunda-feira, Ricardo Sá Fernandes afirmou que o interrogatório tinha sido marcado "de supetão" e que Manuel Pinho tinha acabado de chegar do estrangeiro.
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Está agendada, para as 15h00, uma audição parlamentar com Manuel Pinho, na sequência de um requerimento do PSD, votado favoravelmente a 2 de maio.
Em maio, em comunicado, o advogado de Manuel Pinho revelou que o ex-ministro, que deixou de ser arguido no caso EDP, estaria disposto a prestar "todos os esclarecimentos" aos deputados, mas só depois de ser interrogado pelo Ministério Público.
A 19 de abril, o jornal 'online' Observador noticiou as suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, de uma empresa do Grupo Espírito Santo (GES), entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.
Os pagamentos, de acordo com o jornal, terão sido realizados a "uma nova sociedade 'offshore' descoberta a Manuel Pinho, chamada Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo (ES) Enterprises - também ela uma empresa 'offshore' sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas e que costuma ser designada como o 'saco azul' do Grupo Espírito Santo".